Sabem que eu, também bem rápido escrevo, também digo o que sinto na altura em que o sinto, digo coisas que às vezes não deveria dizer, vivo como quero fugindo à regra, e por mais que me façam ver as coisas duma determinada maneira e viro costas e vejo como quero ver. Dizem que os últimos anos vivi e vou vivendo sem pensar no amanhã, sem pensar no que vou ser ou no que vou fazer depois. Não discordo. Eu vivo de olhos fechados, e sei que é arriscado, mas prefiro correr o risco do que viver com os olhos bem abertos mas sem ver nada. Prefiro não me importar com a queda do que cair e dizer que morri. Onde quero chegar? Quero fazer entender que mais vale como eu do que como mais um no mundo, mais vale ser como eu e fazer a puta da diferença, do que fazer tudo como diz a lei. Não tenho nada contra ninguém e por isso também não quero que tenham nada contra mim. Comecem a respeitar os outros, aqueles que não são iguais a vocês, aqueles que têm o direito de dizer o que sentem sem medo do que possam pensar. Eu virei a página do meu livro, e ao virá-la não tive a ajuda de ninguém, não tive o apoio de ninguém, porque estando eu no estado em que estava, toda a gente se escondeu, com medo, todos aqueles que sempre estiveram lá para sair ou para fumar, desapareceram, com promessas que não souberam cumprir. Eu mudei? Não, simplesmente deixei de cavar a minha própria cova, já que estou aqui, vou viver mais um pouco, vou aproveitar mais um pouco desta treta que não deixa ninguém preenchido, mas eu vou ficar, por mais que queiram que eu baze eu fico, fico porque uma pessoa que viu a cara da morte e não teve medo dela, merece ficar, a todo o custo, mas merece.
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