Gostava de olhar para ti e sentir que depositas em mim todos os teus segredos, gostava de sentir que tens uma confiança inexplicável comigo, mas até tens, da tua maneira, mas tens. Gostava de sentir que não me tens nada a esconder tal como gostava de fazer o mesmo, mas em relação a ti, não te escondo nada, conheces a minha vida melhor que eu, mesmo sem eu nunca te ter contado nada tu sabes, tu sentes, e quando sentimos, não precisamos de ver, falar, compreender, apenas sentimos.
Tu sabes que ainda tenho um sentimento forte por ti, e talvez seja por isso que insistes em manter-te afastado, mas boa, fazes bem, a única coisa que fazes é matar-me, porque ao meu sentimento por ti, já não podes fazer nada, e tu sabes disso, mas tens uma teoria complicada em relação ao amor, talvez porque nunca tenhas amado ninguém, ou então pensas que amaste. Tu em ti, aparentas não ter nada, mas ao mesmo tempo, sei que tens tudo, sei que tens aquilo que poucos têm, aquilo poucos sabem ter, aquilo que poucos conhecem, em ti, tens o maior homem do Mundo.
Ainda costumo perguntar-me diariamente o que é que eu vi em ti afinal, não sei se foram os teus olhos castanhos que têm sempre aquele brilho que não sei explicar, ou se foi a tua atitude, aquela atitude que tiveste à pouco tempo, aquela que eu vi dentro de ti no primeiro dia mas que só a quiseste mostrar agora.
É tão estranha a sensação de te conhecer à tanto tempo, não sei como nem o porquê, mas sinto-te, sinto-te todos os dias, sinto todos os movimentos, todos os gestos, acompanho o teu pensamento, acompanho o bater do teu coração, e mesmo longe, oiço-te a respirar.
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