E é em noites como esta que penso, como seria se não tivesse feito tudo para te encontrar e estar contigo agora, a mexer te no cabelo e a ver-te adormecer. Noites como esta, fazem me lembrar só o agradável que vivi contigo, e o agradável também são as discussões, gritos, separações, sem isso não teríamos crescido tanto, não teríamos aprendido tanto e não daríamos tanto valor como damos hoje.
Tenho dado valor a cada segundo que olhas nos meus olhos, a cada palavra que pronuncias e a cada pequeno gesto de carinho que fazes. Olho para o lado, e estas a dormir, dou por mim a pensar o porque de voltar a escrever agora, sinto me livre, mas estou presa a ti, e gosto de o sentir, gosto de assim estar, gosto de saber que me prendes psicologicamente, talvez não me queres deixar ir. E eu? Não te quero deixar ir. Não quero que me deixes ir. Não quero que o sentimento mude. Não quero que o olhar mude. Não quero perder o silêncio mas também não quero perder a tua voz, que todas as noites diz que serei eu e sempre eu. Quero poder acordar daqui a umas horas, esticar a mão, e sentir a tua mão, virar-me, abraçar-te e voltar a adormecer. Quero poder deixar de ter pesadelos, pesadelos dos quais tenho medo... Em todos eles, perco-te, tropeço e caio. E só quero acordar porque sei e quero sempre que seja só mais um pesadelo que um dia não vai mais existir.
Estou com medo agora. Não te de perder. Mas de me perder.